Cidade Pedra Badejo, decretada pelo Governo juntamente com várias outras cidades, sem mínimas condições de ter o Estatuto de uma Cidade, para satisfazer todas as necessidades da sua população.
Um dia sonhei com a cidade Pedra Badejo, mais não é a que temos. Sonhei com uma cidade com mais emprego, mais humildade, mais amor, enfim uma cidade democrática sem sanções políticas, onde todos possam viver e estar livremente na política, apoiando dentro dos limites da lei, partido que intenderem.
Pedra Badejo, cidade no qual idealizei, defendi até as ultimas, não é a cidade dos meus sonhos. Aquela com a qual sonhei, é totalmente diferente da que temos hoje.
A cidade dos meus sonhos, é aquela que os jovens têm oportunidades, que as crianças têm vês e voz, que os idosos têm o amor e o carinho do seu povo. Pedra Badejo, o meu sonho é diferente, sonhei com uma Cidade próspera, mais justa, mais ambiciosa.
Aqueles que duvidam dos nossos sonhos é porque não conhecem a grandeza das nossas esperanças, é porque não valorizam os esforços dos agricultores e dos pescadores e não sabem aquilo que os homens e as mulheres de pedra Badejo são capazes de fazer para o bem comum.
Esta não é a cidade dos meus sonhos. A cidade que eu sonhei é uma cidade onde os jovens são pilares do nosso desenvolvimento, onde os jovens estão em primeiro plano, a cidade que eu sonhei é mais equitativa, onde todos são iguais onde todos têm a mesma oportunidade, onde todos possam sonhar e juntos concretizar estes sonhos.
Esta cidade não é á nossa cidade, não podemos cruzar os braços e viver nos “sim senhores”. Agora é o nosso tempo, tempo de mudarmos de mentalidade, tempo de fazermos histórias, tempo de mostrarmos que somos capazes. Agora é a hora de lutarmos pela igualdade, pela mesma oportunidade, mais emprego, mais justiça social. Temos que unir e reivindicar os nossos direitos, chamar atenção dos nossos representantes, tempo de cobrar pelos nossos votos, de exigirmos que cumpram as promessas eleitorais.
Agora é tempo de termos a cidade que sonhamos, porque esta cidade não é nossa, talvez seja vossa cidade, no qual querem dominar o poder no qual querem que todos rastejem aos vossos pés, mas digo-vos que nunca virão isso, porque um dia o tempo fará a sua justiça e a justiça fará a sua história e estaremos ali para vivermos a cidade dos nossos sonhos.
Os Camponeses, entram nos seus campos, cultivam e peçam a Deus que lhes dêem chuvas abundantes para conseguirem dinheiro com os produtos que conseguirem produzir, para mandar os seus filhos para as Universidades.
Os Pescadores vão á pesca, trabalham no alto mar arriscando a sua própria vida e peçam a Deus que lhes dêem peixe para poderem vender e arrecadar riquezas para poderem mandar os seus filhos para as Universidades.
Os Estudantes lutam, sofrem, passam por muitas dificuldades, terminam os seus Estudos e ficam em casa sem emprego. Jovens! Esta, não é a nossa cidade.
Os Políticos imaginam maquiavelizam e travam sonhos dos camponeses e pescadores que um dia sonharam ter Doutores. Esta é á vossa cidade, não nossa.
A cidade que sonhamos é a cidade onde todos participam no desenvolvimento das suas ribeiras, onde todos são úteis independentemente da cor política. A cidade que sonhamos é uma cidade aberta para as novas aspirações, onde haja planificação das actividades e concretização dos projectos, não “improvisionismo”. A cidade dos nossos sonhos é a cidade onde todos têm vez e voz.
Este é o nosso tempo, tempo de inovar de trazer ideias novas. Se é para mudar, que mude para melhor. Se é para manter, terão que mudar de mentalidades, terão que pensar nas pessoas, governar perto das pessoas e para as pessoas, só assim teremos a cidade que um dia sonhamos.
Lutemos contra o abuso do poder, lutemos contra a hostilização dos nossos jovens. Acarinhemos uma cidade justa e democrática, com criação de mais emprego, mais humanista, no qual todos os jovens possam participar no desenvolvimento da sua Cidade, para que os idosos recebam o amor e o afecto e a garantia de um ambiente de paz e tranquilidade social, e as crianças serão protegidas e acarinhadas. O nosso compromisso é garantir que não abandonem as escolas e não trabalhem antes da hora, para que amanhã possam viver e participar activamente na cidade que sonhamos.
Para terminar citaria uma frase de CHÉ que dizia, «ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética», por isso temos que unir para que possamos construir a cidade dos nossos sonhos.
GILSON CARDOSO
Gmcardoso1@hotmail.com