segunda-feira, janeiro 09, 2012

AUTÁRQUICAS 2012 EM SANTA CRUZ... NÃO ESTOU AÍ, MAS ANDO POR AÍ...


A liberdade e a autonomia aos cabo-verdianos de dirigir o seu próprio país são dádivas da Indepêndência que também desvendou as portas á democracia. O sistema político multipartidário descobriu as chaves para as ditas portas, munindo as cidadãs e cidadões as bases sólidas para a prática democrática, cabendo, hoje, a cada um de nós implementá-la e consolidá-la, quotidianamente, onde quer que estivermos, através do nosso dinamismo e espírito patriótico de uma forma paulatina e continua.

Em Santa Cruz houve um desenvolvimento notório e elogiável pela infra-estruturas criadas, varias acções materializadas e evedênciadas em prol do desenvolvimento do concelho, graças ao empenho dos santa-cruzenses, da autarquia com destaque do seu actual presedente, que até elevou a vila de Pedra Badejo a cidade, embora saibamos que há muito, muito a fazer para que a denominada Cidade 2010 tenha o desejado e necessário apetrechamento, visando uma boa e melhor ilustração citadina e um impacto na sua qualidade de capital do concelho.

Com tais afirmações, não quero ser velhaco e inconsequente a ponto de descurar o que também foi feito pelo anterior presidente da câmara, aliás, fez o que na época tinha que ser feito para dar resposta aos problemas que na altura eram considerados prioritários, pois, o fornecemento de água canalizada aos domicílios da ex-vila de Pedra Badejo, as redes telefónicas, gestos simbólicos de apoio às famílias carenciadas, enfim...! Foram uns dos bons passos entre outros, na época postos em prática.

Não obstante o optimismo supracitado, elogiando o actual presidente e o seu antecessor, estes alimentados pelas duas cores políticas -PAICV e MPD respectivamente, cujos candidatos ás eleições autárquicas 2012 já conhecidos demonstram já as suas intenções em dar uma atenção especial á Empresa Justino lopes, saliento que estes no passado pouco fizeram em benefício da mesma Empresa, pois, o anterior presidente, talvéz por não ter sido da mesma ala partidária com o ex-director daquele sector agrícola, as relações não foram as melhores. Quanto ao actual presidente da camara não deu a devida atenção à Empresa. Podia ter sido mais dinâmico perante as dificuldades da Empresa, servindo de intermediário entre esta e o governo, exigindo deste que tomasse medida necessária na hora certa, evitando que a Empresa chegasse ao ponto que chegou, embora saibamos que a neglegência ou a imperícia da parte da direcção da Empresa também está em causa.
Outro assunto, paralelamente ao caso Justino Lopes, trata-se do edifício industrial que era parte integrante da Empresa antes da sua privatização , era uma referência patente no concelho, tanto em termo material como utilitário, e
se encontrava inactivo, em virtude da estiagem ter assolado o sector agrícola, que por sua vez, alimentava o sector da pecuária. Não pensando no seu valor patrimonial, nem na sua possível reactivação no futuro, caso a Empresa retomar o ênfase que teve no passado, é hoje desmantelado e vandalizado, não havendo nenhuma intervenção nem da parte da direcção da Empresa nem da parte camarário para impedir a sua distruição.

Estamos a poucos passos das eleições autárquicas, eleições essas que determinarão a escolha do presidente da cámara, o mais alto órgão no concelho para mais um mandato, entre candidatos que se apresentam, livremente, ao contrário doutrora que estes eram nomeados e apresentados aos munícipes, não tendo estes, porém, o previlégio na tão importante escolha do representante a nível camarário.

Como é evidente, e normal, há quem tenha uma imagem pessimista quanto ao desenvolvimento do concelho, nestas últimas décadas. Compreendo plenamente a posição dos que ambicionam mais e melhor para o concelho, sendo ambição uma das condições do ser humano. Quando a força ambiciosa é grande conduz ao ilusionismo e até mesmo á utopia, o que é bom para o concelho, sobretudo neste momento em que é preciso desvendar as múltiplas e importantes vozes existentes no concelho - homens e mulheres intelectuais que querem pôr as suas virtudes ao serviço de Santa Cruz, juntar aos candidatos ja apresentados, trazendo os seus projectos e ideias, fito ao melhor desenvolvimento concelhio, dando aos eleitores mais opção de escolha. E, é nesta óptica que faço um apêlo aos santa-cruzenses que tenham mais ousadia concernente as questões que visam o desenvolvimento do concelho e o bem-estar da população, sobretudo na época eleitoral uma participação activa, educada e responsável, excluindo todo tipo de hipocrisia e demagogia

Tempo de campanha eleitoral é época da “guerra fria” entre candidatos que lutam pela liderança, e entre grupos que apoiam candidaturas diferentes. E, eu, como cidadão santa-cruzense na diáspora, “não estou aí, mas ando por aí”, através de contacto com orgãos da comunicação, assim como muitos, que, mesmo estando fora do país, preocupam-se a inteirar da situação do concelho, acompanhar possivelmente, todo o seu processo evolutivo. Por conseguinte, exorto a todos, na reflexão da questão dos problemas que afligem a juventude. E aos candidatos, em especial o que vier a ser presidente que tenha em mente este problema, entre outros um assunto a discutir, trabalhar e até mesmo a disponibilizar meios necessários para minimizar a questão do álcool e da droga, fazer com que o centro juvenil tenha forte incidência sobre os mais fragilizados, envolvendo a família e a sociedade em geral nesta árdua e dura batalha que também deve ser feita em relação à gravidez precoce no concelho.

Ainda concernente aos jovens, desta vez falando dos estudantes com e sem bolsas no estrangeiro que por vezes se sentem marginalizaddos no país de acolhimento, deixados a mercê da sua sorte, passam dificuldades de vária ordem, apêlo igualmente á mediação (diria até pressão) do representante camarário junto do governo e das embaixadas para que esses estudantes se sintam mais apoiados e seguros nas suas tarefas em busca da concretização dos seus objectivos.

Finalizando, desejo que a campanha eleitoral em santa cruz, a começar brevemente, decorra num ambiente passífico e de respeito mútuo, discutindo “projecto por projecto - não acusação por acusação”, para que seja eficaz, profícua e esclarecedora aos santa-cruzenses na escolha do candidato que melhor sirva Santa cruz.


Predilectos leitores,
Caros santa-cruzenses,
Votos de um próspero e bom Ano 2012

Muito obrigado!

SILVINO CARVALHO

Janeiro de 2012 em Paris

1 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com o texto.Mas, muitas promessas não estão sendo cumpridas, porque grande parte das receitas estão servindo para as campanhas. As campanhas em cabo verde são feitas com muito esbanjamento e não podemos suportar os custos. As ruas da cidade"Vila" deveriam estar cacetadas e com lancís.


Free Blogger Templates by Isnaini Dot Com. Powered by Blogger and Supported by Home Designs