quinta-feira, agosto 09, 2007

ENTREVISTA CONCEDIDA AO EXPRESSO DAS ILHAS PELO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICICPAL DE SANTA CRUZ SR POLICARPO DE CARVALHO

Caros Santa-cruzences

Cumprindo o dever de informar os cidadões dentro e fora do concelho, achei de interesse de todos, publicar a entrevista concedida ao Expresso das Ilhas pelo Sr policarpo de Carvalho, candidato à Presidencia da Câmara Municipal de Santa Cruz.

POLICARPO DE CARVALHO: É URGENTE TRANSFORMAR O CONCELHO, QUALIFICÁ-LO E TORNÁ-LO MAIS PRODUTIVO

Expresso das Ilhas – Porque decidiu candidatar-se às eleições autárquico de 2008, à presidência da Câmara Municipal de Santa Cruz?

Policarpo de Carvalho – A maioria dos cidadãos santa-cruzenses exige uma nova política. Os santa-cruzenses sentem que é necessário um novo rumo, uma nova ambição e novas ideias para o município. As mulheres, os jovens e os idosos querem uma nova atitude face ao problema. É com absoluta determinação, que inicio esta caminhada, de forma tranquila e segura, porque me sinto acompanhado, pela vontade explícita da maioria dos santa-cruzenses. Acredito que é preciso inovar Santa Cruz, o que exige, desde logo, uma aposta clara e planificada na educação, na saúde, na cultura, na economia e no ambiente. Como economista e filho desse concelho, tenho certeza que é urgente transformar o concelho, qualificá-lo e torná-lo mais produtivo, mais solidário, mais competitivo, dinamizar a economia, criar mais riquezas e, por esta via, gerar novos empregos para as famílias. As limitações orçamentais da autarquia, não são um obstáculo à prosperidade. A ausência de ideias criativas e de inovação, é que constituem verdadeiros obstáculos à criação de riqueza e bem-estar para as famílias.

Os desempregados e os excluídos desejam medidas concretas, reais e objectivas, de quem comanda os destinos da autarquia e que é urgente encontrar um novo protagonista para comandar os destinos do concelho. A qualidade de vida consegue-se, também, com medidas adequadas na saúde, na atenção aos idosos, na defesa do ambiente, na criação de redes e vias de comunicações eficientes e na aposta, num sistema eficaz, que satisfaça as condições de abastecimento de água, energia e do saneamento básico.

A Câmara Municipal deve estar ao serviço de todos e dedicar-se ao desenvolvimento da sua comunidade e do concelho, independentemente das ideologias politicas e/ou partidárias dos munícipes.

Orlando Dias ameaçou avançar com uma candidatura independente, caso continuar a merecer a confiança do MpD. Qual o seu posicionamento?

Não vejo problemas nisso. Vou lançar-me neste embate político, contando, como disse nas minhas intervenções de domingo, no lançamento da minha candidatura, com o apoio da maioria dos santa-cruzenses que acreditam em mim, no Policarpo de Carvalho, enquanto economista e técnico reputado. Portanto é com base nas minhas capacidades técnicas e políticas que vou lutar para ajudar o povo de Santa Cruz. Qualquer que seja a outra candidatura será o povo a decidir e a escolher. Não tenho nenhum problema com isso.

Disse, na sua intervenção de domingo, que irá introduzir a mudança em Santa Cruz. Como assim?

Com certeza. Por isso, o nosso lema será a inovação, porque eu acredito que a inovação é um aspecto importante, já que traz mudança incorporada. Essa mudança passa por um conjunto de medidas a nível da economia, na educação, no ambiente e na infraestruturação do concelho.

Quais seriam as suas medidas prioritárias para o concelho?

As minhas principais prioridades têm a ver com a melhoria das condições de vida dos munícipes de Santa Cruz. O meu principal objectivo, e de toda a equipa que me acompanha, será aumentar a qualidade de vida dos santa-cruzenses. O MpD e Policarpo de Carvalho têm projectos para Santa Cruz. Na educação, economia e na solidariedade social, no sentido lato dos respectivos conceitos, serão as prioridades da nossa governação. Na economia, para as questões do emprego, da agricultura, pescas, comércio, indústria, turismo e infra-estruturação do concelho, temos ideias claras e objectivas, com planos concretos, para melhorarmos o nível de vida da população e para a criação da riqueza local, como único instrumento capaz de lutar contra a pobreza.

No sector agrícola, uma nova política de tratamento dos recursos hídricos torna-se urgente para o concelho, de modo a atender, às necessidades básicas de abastecimento de água, quer para o sector agrícola, quer para o consumo doméstico. Daremos uma atenção especial ao sector, já que representa uma actividade económica importante para o nosso concelho. Dotaremos novas medidas de políticas para o sector, com objectivos claros de aumentar as capturas e melhoraremos os circuitos de comercializações.

No plano económico, ainda, serão estabelecidas parcerias com o sector privado.
Os empresários do sector, podem esperar uma Câmara preocupada em diversificar os sectores de actividades, com criação de condições propícias aos investimentos e à fixação de novas actividades económicas. Outra prioridade será também a educação.

Na educação, as questões do ensino, da infância, da juventude e da cultura, serão objectos de investimentos estruturais e de medidas práticas que se mostram absolutamente necessárias para construir um futuro melhor, mais qualificado para o concelho. Tenho por objectivo ainda, restituir a confiança e ambição aos santa-cruzenses. É preciso investir na qualificação das pessoas, apostando, claramente, na educação, na cultura, no ordenamento do território, na valorização dos solos e na infra-estruturação do concelho, sobretudo, na edificação de obras de utilidade pública.

Darei prioridade ainda políticas de solidariedade e valorização do papel do cidadão, incentivando a participação dos munícipes nas grandes decisões estratégicas para o futuro do concelho, apostar em políticas sociais de proximidade, em parceria com instituições da sociedade civil, de forma a responder com eficácia aos problemas e às necessidades das pessoas, sobretudo dos mais idosos e dos mais desfavorecidos; procurarei que, na economia, a ausência estrutural de estímulos à afectação de recursos a actividades produtivas locais, sejam minimizados, pois constituem um dos grandes problemas que colam ao concelho de Santa Cruz, nesse momento. Estas prioridades, que são nossas mas também são do País e do seu desenvolvimento equilibrado.

No plano social, as comunidades locais podem esperar, pela primeira vez, uma relação institucional de respeito, com delegação de competências e transferências financeiras adequadas, com principal objectivo de proporcionar um desenvolvimento humano e económico harmonioso de todas as localidades do concelho, favorecendo, assim, o bem-estar para todos. Executaremos ainda políticas sociais de habitação condigna, destinada às famílias mais carenciadas; estabeleceremos redes de transportes escolares para os nossos alunos; apoiaremos a terceira idade, com uma adequada cobertura do concelho com lares, centros de dia e apoio domiciliário, bem como a assistência medicamentosa.

Também se mostra urgente eliminar as bolsas de pobreza no concelho, combater as situações de abandono e exclusão, o desemprego, as carências sociais e familiares, implementando uma política social em que a solidariedade seja o motor. As instituições, associações agrícolas, comerciais, dos deficientes, culturais, desportivas, recreativas e culturais santa-cruzenses, podem esperar de nós relações institucionais de respeito e de cooperação, sem receio de serem alvos de tentativas de instrumentalização política. Serão, pois, parceiros do desenvolvimento do município. As famílias, as crianças e os jovens, podem, igualmente, esperar de nós uma especial preocupação para a resolução das necessidades e carências de hoje. Apoiaremos o sistema de cuidados primários; primeira prioridade no combate à Sida, concebida como uma pandemia e um grave problema de saúde pública e forte aposta na sua prevenção a todos os níveis. Iremos priorizar a cobertura total do concelho com uma rede de infantários, uma aposta clara na educação pré-escolar, com a recuperação e requalificação do parque.

Teremos também por objectivo, potenciar a localização geográfica do concelho, incrementando o turismo e a valorização dos solos. Propomo-nos requalificar a Vila de Pedra Badejo, revitalizar o centro urbano, criar zonas verdes e de lazeres, com o envolvimento explícito da nossa comunidade.

Qual será a natureza da sua equipa camarária?

A nossa governação será de diálogo, cooperação e desenvolvimento a todos os níveis. Temos a ambição de executar a mudança no concelho, mas com o envolvimento de todos. Santa Cruz conta com cidadãos empreendedores, empenhados, experientes e inteligentes, que sabem escolher o seu futuro. Um futuro para o qual é preciso apostar num projecto inovador que nos conduza para a mudança.

Proponho-me liderar esse projecto, mas com total respeito pelas diferenças. Acredito que as ideias criativas, com soluções inovadoras, apoiadas no rigor e responsabilidade na acção, trarão um futuro promissor para todos. Conto com a coragem, determinação e sentido de responsabilidades dos jovens, mulheres e homens de Santa Cruz. Santa Cruz requer, para si, um governo local forte, ousado e competente, com sentido de orientação clara e que professa uma nova abordagem política. Uma equipa de trabalho capaz, um presidente determinado, empenhado na condução dos superiores destinos do concelho e das suas gentes, um presidente seguro de si mesmo, forte nas suas relações internas e externas. É neste contexto, que pretendo inserir a minha contribuição como filho deste concelho.

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