segunda-feira, julho 21, 2008

Nhó “Santiago Maior” Nosso Padroeiro Local

Vem aí as festas do nosso padroeiro local, denominado de “Nhó Santiago maior”, altura própria para que todos os santa-cruzenses pudessem unir, juntar, harmonizar – se de uma forma fraternal e, receber em “nossas casas” os nossos familiares, amigos e conhecidos, que deslocam dos mais variados sítios do interior de Santiago e, não só, mas também de outros cantos do mundo para festejar connosco.

Trata-se de uma altura única no concelho em que, varias pessoas deslocam-se em grande massa para Santa Cruz, concelho do interior de Santiago, para se juntarem a nós e confraternizar-se durante alguns dias com a população local, desfrutando de tudo o que de melhor podemos oferecer a estas pessoas.

Face a esta deslocação maciça de gentes ao nosso concelho, tal facto, deve constituir-se no preâmbulo do nosso imaginário, motivo de satisfação e o orgulho em receber esta gente que se preocupa em partilhar connosco a amizade e as mais profundas relações interpessoais durante estes dias de festas no concelho.

Cabe a cada um de nós, reservar a incumbência de dar um sinal claro de grandeza, hospitalidade, educação, amizade, em suma, uma resposta inequívoca de civismo e, não só, mas fundamentalmente um sinal vivo da presença de cultura no seu mais profundo sentido, de forma a sufragar os demais preconceitos pendentes que ainda teimam em subsistir no horizonte visual daqueles que nos julgam.

Esta é mais uma oportunidade entre outras tantas, mas, acrescida de alguma relevância pela característica que a mesma apresenta, pelo que poderíamos aproveita-la facilmente e de forma competente para subalternizar, subverter, destronar, algumas ideias críticas, gastas, e claramente desfavoráveis ao nosso concelho que vêm pululando por aí livremente e, não só, mas de a muito tempo até os nossos dias. Efectivamente, este período festivo, apresenta-se como uma oportunidade de ouro, ela não deve ser ignorada, ela assenta que nem uma luva branca ali nas nossas pretensões, por isso temos a responsabilidade de enfraquecer, estripar, tiques de selvajaria com acções concretas e que vislumbram uma maratona de diligências reais, desenvolvida nos últimos tempos tendente a por cobro a tais práticas menos abonatória para a nossa população e, muito menos para o concelho numa perspectiva geral.

Ao recebermos gentes de todos os quadrantes sociais, quer queiramos quer não, estaremos a ser julgados imediatamente por essas pessoas, não sejamos ingénuos, temos que estar efectivamente preparados e, estar preparados ali, longe de se poder pensar em branquear ou escamotear as nossas aberrações passadas, é acima de tudo, exibir um comportamento dissente e condizente com as mais elementares regras da boa educação, é deixar o outro ver a presença da cultura, ou melhor, é granjear, oferecer, aos olhos supersticiosos, dos cépticos, em fim daqueles que ali estarão a nos observar, numa palavra só, passe a redundância – a educação.

Festa não pode ser sinónimo de selvajaria, antes pelo contrário, trata-se de um momento de confraternização, um momento que contempla diferenças em relação as nossas atitudes habituais, diárias se quiserem, mas, sem que com isso signifique o resvalar para o descomprometimento em relação a educação. É nota assente, de que a alegria, o contentamento, são elementos ou características se preferirem, que pela natureza do conceito festa, faz jus estar aliado a própria festa, mas também, há um outro elemento que nos compete a todos ligar ao mesmo conceito festa, independentemente das nossas crenças, convicções ou ideologias, trata-se da ponderação.

Este elemento é essencial na consecução daquele objectivo que aludi anteriormente que deve constituir ou, nortear a nossa atitude perante os nossos visitantes, se de facto queremos dar aos nossos amigos e conhecidos uma boa impressão. No entanto, tenho a consciência de que o cumprimento destes pressupostos enunciados não será qualquer coisa de fácil, de qualquer das formas, tais prerrogativas devem estar assentes nas nossas mentes, tal como o pão para a boca é nos imprescindível de forma a salvarmos as nossas vidas, também assim o é, a presença daqueles elementos nas nossas atitudes caso pretendemos dar aos outros um sinal de que efectivamente as coisas mudaram, notem, não basta dizer que as coisas melhoraram, é preciso mostrar mesmo com atitudes livres e concretas.

A festa é nossa, por isso tudo temos que fazer para “comprazermos” os nossos amigos e familiares de melhor maneira, contudo, isso não significa esperar pela edilidade local, que faça tudo ou que resolva todas as diligências e necessidades que se impõe numa altura destas, temos que assumir um desejo de interesse comum, isto é, fazer tudo o que está ao nosso alcance como cidadão e habitante local, de maneira a sairmos bem desta festa, porque caso contrário, todos nós, uma vez mais, sairemos mal e não alguns. Por isso, uma regra impõe – se, como alicerce daquele objectivo, isto é, assumir a festa de forma responsável a atingirmos o “ bem comum”, dito de outro modo, uma festa que todos nós orgulhamos, fazendo desta maneira o rescesse dos desejos e, inclinações bacocas que se entrincheiram nas alfuras dos interesses particulares de cada um.

A todos, faço votos de boas festas, que Nhó Santiago Maior, ajude que tudo decorra normalmente e, que todos nós possamos orgulhar da nossa festa.


JOSÉ EMANUEL RAMOS

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