Durante dois dias 16/07 e 17/07 todos os caminhos iam dar à Pedra Badejo, Concelho de Santa Cruz, para a décima oitava edição do festival da praia da areia grande.
Tendo em conta as apreciações gerais dos participantes daqui e acolá, com orgulho posso afirmar e sem receio de errar que paulatinamente, o nosso festival vai fazendo parte do cartão postal do Concelho de Santa Cruz e inclusive da Ilha da Santiago. Honra seja feita e parabéns a todas as pessoas que trabalharam, que aguentaram todas as tempestades e todos os trancos para que efectivamente tal acontecesse.
Como sempre, este ano estiveram presentes artistas nacionais, a saber, Ló, Mudjeres de Rinkon, Princesito, Bino Branco, Rabenta, Cema Lope, etc, filhos de Santa Cruz (como exemplo, os jovens talentos de Santa Cruz, alguns grupos de Hip Hop e outros grupos emergentes) e artistas da diáspora, como por exemplo, Blick Tchutchi, Chando Graciosa, etc. Portanto, no primeiro dia Jorge Neto fechou com Rosinha por volta das sete da manhã e no segundo dia Kino Cabral encerrou igualmente por volta das sete. Que beleza meu Deus, quelle joie (que alegria)!
Gostei de ouvir, de ver e presenciar como o festival decorreu num clima de muita paz, amor e confraternização, ou seja, não houve aquelas brigas com as quais fomos acostumados e brindados nos anos transactos.
Sinceramente queria parabenizar todos os organizadores, os agentes da segurança, os militares, os bombeiros, o pessoal da Cruz vermelha, os cantores e todos os participantes que se deslocaram rumo à Pedra Badejo.
Portanto dois dias de muita euforia, de reencontro dos velhos amigos, “ de fidjos de terra” radicados no estrangeiro, inclusive dos estudantes que vieram em massa, graças a iniciativa da nossa Associação para a Promoção Humana e Desenvolvimento de Santa Cruz que conseguiu o bilhete por um preço muito abaixo do valor praticado no mercado.
Quero crer que todos os participantes tiveram uma boa visibilidade também graças ao apresentador, sobretudo no segundo dia do festival. Aliás queria frisar o seu dinamismo e talento para animação de eventos desta envergadura, pois a sua postura no palco conta tanto quanto a actuação do artista apresentado pelo mesmo.
Resumindo e concluindo, Santa Cruz, Cabo Verde, estão de parabéns porque quando actividades deste género ganha o terreno, todos saem ganhando e orgulhosos mesmos de promover a cultura, a confraternização entre os “fidjos de terra” e dalém fronteiras.
Viva o nosso Concelho, viva o civismo, a responsabilidade, a moderação, a paz e amor. Ingredientes indispensáveis para uma boa sopa ou melhor uma boa cachupada de convívio e realizações de eventos como o caso do nosso festival. Oxalá que no próximo Ano haja mais e melhor e que tenhamos sobretudo tatuados na mente e no coração todos estes ingredientes.
Assis Tavares
Citoyen du monde.
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