quarta-feira, junho 11, 2008

A PONDERAÇÃO ENTRE O DESEJO DE SAIR E, A LÓGICA AVENTUREIRA DOS ESTUDOS NO EXTERIOR (…)

É do conhecimento de todos o esforço que a actual edilidade local do nosso concelho tem feito, especialmente nos últimos sete,a oito anos atrás, sobre a promoção e desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem no concelho, refiro -me, mais concretamente aos mais variados processos que tendem a dar um impulso significativo a prática da educação no concelho, fazendo deste modo, baixar ou diminuir o elevadíssimo índice de analfabetismo, factor este, que de certa forma contribuiu e de que maneira, para o atraso que se verifica ainda no concelho não obstante algumas melhorias que se evidenciaram nos últimos tempos, fruto de uma politica voltada, com vista a suplantar este aspecto negativista que marcou o concelho outrora.

Sabe-se, que a actual Câmara Municipal, tem desenvolvido esforços no sentido de construir cada vez mais, um maior numero de estabelecimentos de ensino, quer ao nível das camadas mais baixas, mas também ao nível das camadas que integram já formações para inserção no mercado de trabalho, nomeadamente os politécnicos. Ora, paralelamente a este facto, a actual Câmara Municipal, tem sabido valorizar, quer formações ao nível dos cursos médios, assim como também formações ao nível superior nas universidades, facto esse, que facilmente se comprova com a saída de muitos estudantes santacruzenses que hoje em dia estão fora do concelho a estudar em outros países com particular incidência em Portugal. No entanto, a razão que me impele a escrever esse artigo de opinião, trava-se, essencialmente com esta politica que a edilidade santa-cruzense tem desenvolvido com as suas congéneres e, em particular as de Portugal nomeadamente, mas que por outro lado, não está a ser bem aproveitada por alguns estudantes. Ora isto porquê? Porque, como é sobejamente conhecido, há , um numero substancial de “estudantes” que tem posto em causa este esforço/projecto da edilidade santacruzense com as suas mais nefastas atitudes, isto é, alguns alunos que se candidatam a saída e as suas respectivas inscrições nas tais escolas profissionais/universidades, nem sempre tem cumprido com as suas obrigações que é a de chegar aos respectivos estabelecimentos de ensino e dar seguimento aos cursos para os quais se inscreveram. Ora, pior do que isso não era preciso, esta atitude irresponsável de alguns estudantes, salienta-se, é altamente prejudicial para os mesmos e, não só, mas é principalmente nefasta para o concelho que incorre desta forma, numa eventual situação de perder tais benefícios protocolares para os futuros interessados. Notem, o que se pretende aqui, não é de maneira nenhuma fazer um esboço com lições de moralidade a alguém, trata-se sim, apenas de um exercício mental, flectindo sobre aspectos ou temas se quiserem, preocupantes para ou, de interesse geral do próprio concelho e, em particular para os santacruzenses. Se lançarmos um olhar com o bom senso que se exige sobre esta matéria, dificilmente não chegaríamos a conclusão de que tais práticas só nos prejudicará, logo, é manifestamente um imperativo de consciência, que cada um se julgue com justeza sobre esta matéria, dando assim um “xeque-mate” num caso que ameace por em causa as boas relações entre instituições e, não só, mas inviabilizar as condições de acesso a formações para um numero indeterminado de pessoas que pudessem assim ter uma oportunidade, uma janela aberta através destes protocolos e, quiçá dar um passo realmente gigantesco na procura de melhores condições de vida. É em suma, uma questão de consciência que, no fundo cabe a cada um analisar com frieza e não deixar se levar pelos desejos cegos e bacocos, hipotecando assim o futuro de muitos que realmente necessitam daquela oportunidade e que vêem nê-la, quase que uma mão de salvação, passe a expressão. É bom que tenhamos presente na vida certos princípios e, não nos deixarmos ser governados por inclinações naturais e apaixonantes, a vontade não deve sobrepor a razão ali, é preciso alertar a nossa consciência a cada passo que damos, questionarmos a nós próprios se, a decisão que escolhemos é a melhor e do interesse geral que a adoptemos, sempre que se verifiquem circunstancias do género como é o caso.

Não é, nenhuma inconfidência se eu disser que há grupos de “estudantes” ou pelo menos de indivíduos que assim intitulam e, que aproveitam as oportunidades que a Câmara Municipal põe a disposição dos seus munícipes, com vista a um melhoramento das suas capacidades culturais, tem -se optado ou enveredado se preferirem, por outras saídas, isto é, contrariando assim a lógica inicial que conduziu todo processo da candidatura e, ademais das vezes importa -se, registar aqui sem vergonha nenhuma, que alguns até se tem deleitado em comportamentos vexatórios e, práticas abomináveis socialmente, comprometendo todo trabalho daqueles que desenvolveram um maratona de diligencias e esforço para que tal desiderato fosse ou pelo menos tornasse numa janela de oportunidades para os munícipes. É com voz alto, que devemos repudiar tais práticas, sensibilizar a consciência geral para flectir sobre temas importantes de interesse geral e cada um assumir as suas responsabilidades para que tenhamos um futuro melhor, ninguém deve demitir-se das suas incumbências como cidadão, antes pelo contrario, exercer o seu sentido de responsabilidade e de cidadania para consigo próprio, assim como para a sua terra ou pais se quiserem. Essa prática a qual me mereceu hoje e agora, particular preocupação, estou certo que constitui uma preocupação de muitos tal como eu, todavia é preciso lançar para fora tais preocupações e debate-las, é isso que eu espero conseguir da parte daqueles que porventura tiverem a oportunidade de ler o meu artigo, comentários, criticas e sugestões, saberei tirar as devidas ilações e apreender algo de positivo, reparem que um dos problemas principais do concelho de Santa Cruz, traduz se na ausência de um debate construtivo e civilizado, debates com diferenças de perspectivas, mas subsidiados por comportamentos aceites num debate de ideias e não em linguagens estapafúrdias que não nos engrandecem em nada.

Julgo que qualquer um de vós que lerdes este artigo, reconhecerá comigo isto, não valerá a pena exigir algo a outros se cada um de nós mesmos não cumprirmos com as mesmas ou as nossas exigências/ responsabilidades. Vou citar um exemplo, há uns tempos atrás, a maioria dos santacruzenses dizia que a Câmara Municipal ou elementos da governação camarária na altura tinha pouco expediente ou falta de vontade em fazer geminações politicas com as suas congéneres exteriores de forma a conseguir vagas para que os nossos estudantes pudessem sair para estudar fora do pais, dito isto, deito um olhar de curiosidade sobre a questão que mereceu maior reflexão, já que agora temos essa possibilidade de estudar fora, fruto de uma nova politica que graças, diga se de passagem, conseguiu muitas vagas para os nossos estudantes que queiram estudar fora e, ao que parece vai conseguir mais, por quê que alguns tentam deitar a baixo essa benesse que outrora foi motivo queixas pela sua ausência?

JOSÉ EMANUEL SEMEDO - UM ABRAÇO S. CRUZ, A. FÁTIMA NO CORAÇÃO

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