terça-feira, junho 24, 2008

A EDUCAÇÃO COMO ANTÍDOTO PARA OS NOSSOS PROBLEMAS (…) APOSTEMOS NELA!

Meus caros irmãos e amigos santacruzenses, antes de mais, devo dizer vos, que é na qualidade de um filho de Santa Cruz que sou, tal como qualquer um de vós, que aqui venho deixar estas palavrinhas sobre assuntos que, a qualquer um de nós, nos tem deixado por vezes, senão a maioria das vezes, preocupados, ousava até dizer aborrecidos, pelo menos, quando nos vemos confrontados com a realidade que está a nossa frente. Ora, trata-se, fundamentalmente dos mais variados flagelos sociais com que a nossa juventude local vem sido confrontada no seu dia – a – dia, problemas esses que, diga se de passagem, pelos seus caracteres, apresentam – se como uma brecha e obstáculo de grande envergadura, capaz de desnaturar e de cegar a nossa juventude conduzindo – a, ao descomprometimento das suas responsabilidades para com o desenvolvimento do concelho em geral.

Mais que problemas são esses? A título de exemplo, salientarei dois deles que na minha perspectiva tem tributado muito para o desnorte da nossa juventude em relação a aquilo que se espera que seja, ou porventura fosse a sua orientação mais adequada as circunstâncias do quotidiano. Reparem; O abandono precoce dos estudos ainda no concelho e, o aumento exponencial do consumo de álcool, drogas e estupefacientes que se deu nos últimos tempos. Ora bem, olhando ao pormenor estes problemas, fico com a impressão de que qualquer um deles constituem, temas ou, questões que por si só, são suficientes para tirar qualquer morto do sono a que se encontra; notem, é que eles não são qualquer tipo de problemas, são sim, problemas terríveis que quando não tratados com a coerência que se exige, tornam-se como que uma pedra no nosso sapato, passe a expressão, senão vejamos.

Estes problemas têem em si mesmo, o poder de arrastar outros tantos males sociais para consigo próprio e, desta forma potenciar um enredo ou uma fonte inesgotável de dificuldades para a vida das pessoas. Porém, aquilo que podemos fazer para travar o seu andamento, que já é significativo, diga - se de passagem, tem que merecer da nossa parte uma estratégia e, uma metodologia bem alicerçada em fundamentos reais e possíveis, capaz, assim de desobstruir os caminhos que conduzem a nossa realização maior que se espera ser o desenvolvimento sustentado e equilibrado a nível social. Ora, tal tarefa que não se apresenta como labor fácil, deve constituir - se, como um limite tangível para nossa sociedade em geral e em particular para a nossa juventude. Alcançar tal desiderato social, implica um esforço enorme de toda massa popular, mas um esforço redobrado da juventude porque é a ela que compete assumir as rédeas da desenvoltura de qualquer sociedade sobre quaisquer matérias que se julguem relevante para o efeito.

Nalgumas sociedades mais evoluídas que a nossa, socorre – se, facilmente de mecanismos que podem ajudar atenuar os efeitos de malefícios que tais problemas colocam a essas mesmas sociedades; entretanto, este não parece ser o nosso caso, nós pelo contrário, temos que nos aplicar muito se queremos sair desta encruzilhada a qual nos encontramos, trata-se de nos dedicarmos cada vez mais a pratica dos estudos, isto é, investir mais e mais na educação, adoptar comportamentos cívicos, atitudes, acções que validam o nosso carácter de pessoa humana e racional. Vejam, a educação neste momento, afigura-se como a nossa saída mais viável para atacarmos os ditos problemas, reparem que noutros sítios se podem dar ao luxo de criar organizações e programas tendentes a apoiar os jovens que estejam de uma forma ou, de outra afectados pelo consumo de drogas e, que queiram aliviar as sua dores e frustrações, contudo, nós, mesmo que queiramos adoptar tal medida não nos parece ser algo fácil de se conseguir, nem tão pouco realizável a curto espaço de tempo, eis porque as condições técnicas e económicas são as que conhecemos e, sobre isso nem vale a pena perder muito tempo, pelo que a nossa alternativa mais valida de momento passa necessariamente pela adopção de prática educativas.

A educação é hoje em dia, a solução para muitos e muitos males que as sociedades em geral tem produzido, as respostas para determinados flagelos sociais que esperamos e fartamos de esperar que a ciência nos ponha em mãos e, que infelizmente, por uma ou várias razões ainda não apareceram, ou tardam em surgir, obrigam nos a remeter as nossas preocupações para a educação como um meio susceptível de estancar as tais dificuldades com que nos cruzamos nas nossas vidas diárias. Sendo a educação um instrumento, “poder” digamos assim, que está nas nossas mãos ou, que pelo menos está ao nosso alcance, porquê que enjeitámos esta possibilidade real que nos aparece de por cobro a esses problemas que são autênticas dores de cabeça, dito por outras palavras, uma “chaga social” se quiserem. Não ignoremos estes problemas, a nossa juventude precisa de apostar claramente na cultura educativa, afastando – se destas pragas sociais que a empobrece, ofuscando os seus reais objectivos. Só, podemos conseguir tal meta se, a comunidade juvenil abster destas práticas de lazer que redundam num comodismo retrógrado, fazendo da educação uma prática corrente nas nossas acções, atitudes e desejos, relegando assim os vícios quiméricos para trás. Precisamos de assumir a educação como a chave das nossas portas que a cada um compete abrir na sua vida, rompendo desta forma de uma vez por todas com estes periclitantes e indesejáveis males que nos apoquentam. Precisamos de nos penitenciarmos perante as nossas consciências e levantarmos as mãos para cima, porque já não há tempo a perder camaradas, o que importa é cruzar os nossos desejos e canalizarmos as nossas energias, pensamentos, ideias, enfim, numa palavra se quiserem, as nossas ambições direccionado – a, para um fim no qual todos nós depositamos as nossas esperanças para um futuro melhor “Santa Cruz”.

JOSÉ EMANUEL RAMOS SANTA CRUZ NO CORAÇÃO

0 comentários:


Free Blogger Templates by Isnaini Dot Com. Powered by Blogger and Supported by Home Designs